As picadas de inseto apresentam diversos riscos para a saúde, incluindo a transmissão de doenças como Dengue, Chicungunha, Zica, Febre Amarela e Malária, além de causarem reações alérgicas com irritação e coceira.
Dra Juliana Bergamini é pediatra e homeopata em Jundiaí-SP, com mais de 10 anos de experiência em atendimento de crianças e suas famílias sob o olhar da homeopatia.
Formada em medicina e com residência em Pediatria pela Santa Casa de São Paulo
Título de Especialista em Homeopatia pela Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB)
Cursando Mestrado em Saúde Coletiva, Política e Gestão em Saúde, na UNICAMP
Quais tipos de repelentes existem?
Existem algumas formas de se proteger contra os insetos, uma delas são o uso de repelentes. São 2 tipos basicamente, os físicos e os químicos.
Repelentes Físicos
Os repelentes físicos são barreiras que impedem a chegada do inseto, tais como:
– Telas mosqueteiras
– Mosquiteiros
– Ar condicionado (que funciona como uma barreira térmica, já que os mosquitos não voam em baixas temperaturas)
Repelentes Químicos:
Os repelentes químicos são substâncias que transformam a atmosfera ao redor da pele em algo nocivo para os insetos, evitando suas picadas. Podem incluir:
– Repelentes, que evitam a picada
– Inseticidas, que matam os insetos
– Alguns repelentes também têm ação inseticida, como os piretróides sintéticos e a permetrina.
Outros métodos de proteção
– Método de fumaça (smoke): muito utilizado, mas requer produção contínua, o que pode acarretar problemas de saúde.
– Aparelhos eletrônicos repelentes, melhor se associados a outras barreiras físicas.
– Sprays de ambiente, que são inseticidas, mas devem ser aplicados com pelo menos 1 hora de antecedência antes de entrar no quarto.
O que torna um repelente ideal?
Um repelente ideal deve possuir as seguintes características:
- Repelir várias espécies de mosquitos, carrapatos e outros insetos
- Ter mais de 8 horas de eficácia
- Ser atóxico
- Não ter cheiro ou possuir cheiro agradável
- Ser cosmeticamente agradável (não oleoso, não pegajoso)
- Ser economicamente viável
- Não manchar a pele ou tecidos
- Ser resistente à água e ao suor intenso
Dra Juliana Bergamini é pediatra e homeopata em Jundiaí-SP, com mais de 10 anos de experiência em atendimento de crianças e suas famílias sob o olhar da homeopatia.
Formada em medicina e com residência em Pediatria pela Santa Casa de São Paulo
Título de Especialista em Homeopatia pela Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB)
Cursando Mestrado em Saúde Coletiva, Política e Gestão em Saúde, na UNICAMP
Tipos de repelentes químicos
Alguns tipos comuns de repelentes químicos incluem:
– DEET (N-dietil-3-metil benzamida)
– Icaridina (picaridina ou KBR3023)
– EBAAP (Ethilbutylacetylaminopropionate ou IR3535)
– Óleo de Limão Eucalipto (OLE)
– Undecanona
DEET
Líquido oleoso, volátil, levemente amarelado à temperatura ambiente.
É o mais eficaz utilizado desde a década de 1950 , e eficaz contra vários tipos de artrópodes, incluindo o Aedes aegypti, culex, mansonia e Anopheles (menor ação).
A partir de 5% de DEET percebe-se efeito repelente. Prescrito para crianças maiores de 2 anos, até 12 anos.
Quanto maior a concentração, maior é o tempo de ação do produto.
O DEET pode aplicar nas roupas de algodão, lã ou nylon. No entanto, pode dissolver móveis de plástico e vinil.
Deve-se aplicar o filtro solar antes da aplicação do DEET, pelo menos 15 minutos antes.
Recomenda-se não utilizar produtos que contenham repelente e filtro solar juntos.
IR3535
Eficácia comparável ao DEET para Aedes aegypti, Cules sp, mas não para o Anopheles. Também eficiente para piolhos, moscas e abelhas.
Tem sido usado para crianças maiores de 6 meses e gestantes. A concentração do repelente varia entre 10% até 30%. Apresenta baixa toxicidade, mas pode irritar os olhos e pele.
Icaridina/Picaridina
Efetivo contra mosquitos, moscas, bicho de pé e carrapatos. As formulações são em loções, sprays, lenços umidecidos.
A concentração varia de 7 a 20% – 5 a 10% para proteção de curto prazo (3 a 5h) e 20% para períodos de 10h.
Tem melhor proteção contra Aedes aegypti que o DEET (2X mais proteção). Não causa degradação do plástico e do acrílico, mas pode descolorir roupas de couro. A icaridina é menos irritativa aos olhos que o DEET, e segura a partir de 2 meses, mas sempre olhar a bula!
Dra Juliana Bergamini é pediatra e homeopata em Jundiaí-SP, com mais de 10 anos de experiência em atendimento de crianças e suas famílias sob o olhar da homeopatia.
Formada em medicina e com residência em Pediatria pela Santa Casa de São Paulo
Título de Especialista em Homeopatia pela Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB)
Cursando Mestrado em Saúde Coletiva, Política e Gestão em Saúde, na UNICAMP
Repelentes Naturais
Extraídos de plantas de forma sustentável, os repelentes naturais têm despertado interesse. Alguns métodos de uso incluem queimar partes de plantas para gerar fumaça, pendurar plantas dentro de casa ou aplicar óleos essenciais no corpo. Porém, apresentam alguns problemas, como rápida volatização e curto tempo de ação, odor forte e aspecto oleoso na pele.
Principais plantas e princípios ativos naturais:
– Citronela (Cympobogon sp)
– Eucalipto limão (Corymbia citriodora)
– Hortelã pimenta (Menta piperita)
– Alho (Alium sativum)
– Canela (Cinnamomum zeylanicum)
As plantas produzem metabólitos secundários (terpenóides, monoterpenos, sesquiterpenos e fenóis), que são liberados quando a planta sofre agressões
Os fenóis são responsáveis pela defesa dos artrópodes. Flavonóides é um importante inseticida desse grupo, os quais os mais conhecidos são: Flavonas, isoflanovonóides e taninos.
Monoterpenos e sesquiterpenos são principais componentes de muitos óleos essenciais, e o mais importante em termos de repelência de insetos.
Óleo de eucalipto limão: contém citronelal – um dos princípios ativos naturais mais utilizados, tem tempo de ação curta e precisa de múltiplas reaplicações. Não deve ser usado em menores de 3 anos e evitar a região dos olhos
Óleo de citronela: Princípio ativo são: Citronelal, citronelol, geraniol, citral…
Repelente comparável ao DEET, apresenta baixa toxicidade, mas precisa de múltiplas reaplicações. Na formulação em nanoemulsão, libera lentamente os constituintes do óleo, aumentando o tempo de ação.
Estes são apenas alguns dos métodos e substâncias que podem ser utilizados para proteger a pele contra picadas de insetos, destacando a importância da prevenção para evitar doenças e desconfortos associados a essas picadas.
Dra Juliana Bergamini é pediatra e homeopata em Jundiaí-SP, com mais de 10 anos de experiência em atendimento de crianças e suas famílias sob o olhar da homeopatia.
Formada em medicina e com residência em Pediatria pela Santa Casa de São Paulo
Título de Especialista em Homeopatia pela Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB)
Cursando Mestrado em Saúde Coletiva, Política e Gestão em Saúde, na UNICAMP
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